E quando eu me sentia sozinha, ali sem nada para fazer ou brincar. Você aparecia, nem me olhava, era pequena e quase nem enxergava. Não me deixavam tocar em você, claro, era um bebê. Crescemos, vivemos, ate aprendemos. Você cresceu transparente e eu escondendo o que era, quieta num lado, terrível no outro. Eu não podia transparecer, ate tinha inveja de você! Você brincava, manchava a coxa branca nova da cama da mamãe e nem apanhava. Quando você ia embora eu que sobrava, levava culpa, era avisada e você? Apenas sonhava! Fui crescendo e deixando de lado isso, afinal pequena você era e sempre será. Nanica assim, quase nada crescera.
Mas hoje vejo que você, ainda criança, é minha irmã menor da imaginação. Dividimos mistérios e ate textos, você fica do meu lado avisando quando estou errando e eu fico ali apenas observando. Futuro você tem, só tenho medo de ter você como minha medica, não sei do que você seria capaz. Ainda mais nova você com sua mentalidade adulta me superam algumas horas. E eu tinha ciúmes de você, do que você tinha. Hoje percebo que você merecia, tantas coisas aconteceram com você e olha que era só uma criancinha. Então querida priminha, seja apenas minha irmãzinha.
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